27 de Julho: Noite da Guiné-Bissau em memória de Aliu Bari

aliu_bari

Aliu Bari (1947-2013) nasceu na Guiné-Bissau, foi um dos mais consagrados músicos da Guiné-Bissau e membro histórico do lendário grupo musical Cobiana DJazz na década de 70, ao lado do também inesquecível José Carlos Schwarz. Lutou clandestinamente pela independência da Guiné-Bissau, o que lhe valeu perseguições da PIDE e a prisão na tristemente célebre Ilha das Galinhas. Foi o primeiro Diretor-Geral das Artes na Guiné-Bissau independente, em 1974, e durante muitos anos responsável pela formação artística de vários músicos das novas gerações guineenses. Mais tarde tornou-se também conhecido como um ativista na luta pelos direitos humanos no seu país. Retirou-se da vida pública em meados da década de 80. Faleceu em Bissau a 19 de Julho de 2013.   Alguns de nós, no Centro InterCulturaCidade, tivemos o privilégio de o conhecer, de com ele trocar ideias e projetos e, sobretudo, de conviver de perto com a sua excelente música e o seu exemplar sentido de cidadania. Por tudo isso, não poderíamos deixar de dedicar á memória de Aliu Bari esta NOITE GUINEENSE, com muita música, boa conversa e sonhos de paz, progresso e justiça social para a terra e o povo que a que ele dedicou generosamente toda a sua vida. Com muita alegria, como ele havia de gostar!

Programa

20:30 – Jantar tradicional da Guiné-Bissau
Sujeito a marcação prévia com antecedência mínima de 24 horas. Lotação limitada. Contribuição solidária de 13 € (jantar + concerto. Não incluí bebidas).

22:00 – Música da Guiné-Bissau
Com Maio Coopé e convidados

 

“DE MAPUTO” Fotografias de José Cabral e Luís Basto

25 de Julho (5ª feira)

18:00 Inauguração da exposição
(e duas pequenas homenagens a Rogério Pereira e Moira Forjaz)

26 de Julho (6ª feira)

Apresentação de filmes e livros sobre a fotografia em Moçambique
(e outras sessões a anunciar brevemente)

Produção d’A Pequena Galeria/Alexandre Pomar, agora no Centro InterculturaCidade

6. Maputo, 1989

José Cabral. Maputo 1989

Entre o pioneiro Ricardo Rangel e os novos fotógrafos que têm passado pelo BES Photo e o Próximo Futuro da Gulbenkian – Mário Macilau, Mauro Pinto e Filipe Branquinho –, existem as obras dos que se distanciaram daquilo a que se pode chamar a escola moçambicana de fotografia, a tradição fotojornalística e humanista, que conta, aliás, com um número extenso de bons autores. José Cabral (n. 1952, Maputo) é o homem da ruptura, que veio trazer ao colectivo da fotografia de Moçambique a necessidade do discurso pessoal, fundado num conhecimento alargado da fotografia internacional e na abertura a interesses culturais amplos, para além do quadro nacional e africano.

A referência autobiográfica presente nas suas últimas três exposições (“As Linhas da Minha Mão”, 2006 Maputo, 3º Photofesta; “Anjos Urbanos / Urban Angels”, 2009, P4 Photography, Lisboa, e Maputo; “Espelhos Quebrados”, 2012, Maputo) é uma contribuição corajosa para pôr em evidência o papel e o lugar de quem observa, e que assim, ao expor também a sua história própria, intervém lucidamente como artista nos acontecimentos do presente de um país em mudança. Durante e depois da dinâmica colectiva, com as suas vicissitudes imprevistas, e também terríveis, era tempo de cada um se interrogar a si mesmo e ao possível sentido do percurso comum. Vêem-se agora em “De Maputo” obras escolhidas dessas três exposições: a antologia pessoal, as crianças (os filhos de Cabral e os dos outros, com uma óbvia diferenciação de cor de pele e de meios sociais) e por fim os quase auto-retratos que sinalizam percursos de vida e relações (agora sob o título geral “De Perto”).

José Cabral é hoje a referência cultural e o mestre indisciplinado dos jovens fotógrafos, com uma extensa obra realizada desde que em 1975 começou a trabalhar como fotógrafo no Instituto Nacional de Cinema, a que se seguiram alguns poucos anos de repórter fotográfico de agência, depois no Notícias e no Domingo, com Rangel em 1981-82, mais tarde professor no Centro de Formação Fotográfica, de 1986 a 1990. Em 1996 publicou o primeiro livro A Guerra da Água, edição da Ébano Multimédia associada ao filme de Licínio de Azevedo com o mesmo nome (a cores, com problemas de impressão). Tem tentado viver como fotógrafo em Maputo, o que é bem difícil.

02 cadeira 2013

Luís Basto, Cadeira II, Maputo, 2013

Luís Basto (n. 1969, Maputo) é igualmente um autodidacta, com um discurso próprio e reconhecido, que esteve presente em colectivas internacionais como “Africa Remix” (2004) e “Snap Judgments – new positions in contemporary african photography” (2006) de Orkui Enwezor, aqui como único representante de Moçambique. Ao mesmo tempo que tem construído um grande banco de imagens documentais do país (www.mozambiquephotos.com), é um fotógrafo da cidade e da capacidade de sobreviver que aí se refugia: “Os anos vazios passaram; com eles o destino de uma geração que deveria combater pelas razões de outros homens. Muitos nascidos na paz não têm memória das vidas fragmentadas que inundavam a cidade como almas penadas. Donde viemos e onde estamos agora enquadra-se menos no tempo que nas dimensões de espaço da cidade. Estamos nas janelas, atrás das portas, cidadãos reflectidos em todas as nossas contradições.” – Berry Bickle e Luís Basto, em Luís Basto fotógrafo, 2004, Éditions de l’Oeil, Montreuil.

Recuando no tempo, a exposição inclui presenças simbólicas de dois autores que, de modos diferentes, trouxeram a experiência adquirida na Rodésia e na África do Sul para desenvolver em Maputo percursos originais e afirmativos nos anos posteriores à independência, ambos mais tarde interrompidos.

Rogério Pereira foi um fotógrafo e fotojornalista com itinerário na África do Sul (1968-1977), em Moçambique (1973-1979) e em Portugal (1979-1987), que se destacou com uma produção politicamente empenhada e inquieta, de grande exigência formal. Nasceu em 1942 em Lisboa, foi aos sete anos para Moçambique, e morreu de cancro em Setúbal em 1987 com 45 anos. Em 1973 expôs no Núcleo de Arte com Ricardo Rangel e Basil Breakey. Em 1981 mostrou o seu trabalho na Fundação Gulbenkian (“Momentos”). Em 1990 foi-lhe dedicada uma retrospectiva em duas partes na Associação Moçambicana de Fotografia com a colaboração de Ricardo Rangel, Kok Nam e José Pinto de Sá, que escreveu o texto do catálogo. Uma outra retrospectiva integrou o 1.º Photofesta, em 2002, com o título “Verdade”.

Moira Forjaz é a autora de Muipiti, Ilha de Moçambique (com texto de Amélia Muge, Imprensa Nacional, 1983 – editado sem a sua supervisão). Nasceu no Zimbabwe em 1942; visitou Lourenço Marques desde 1961; com formação em Graphic Arts na Johannesburg School of Arts and Design, trabalhou como fotojornalista na África Austral desde 1964, e viveu em Maputo entre 1975 e 1988; participou na formação da Associação Moçambicana de Fotografia em 1981 e realizou dois filmes nesse mesmo ano. Outras publicações: Ruth First, Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, St. Martin’s Press, New York / Harvester Press, Brighton, 1983 (fotografias), e Images of a Revolution: Mural Art in Mozambique, Zimbabwe Publishing House, Harare, 1983 (Albie Sacks, texto; Moira Forjaz e Susan Meiselas, fotografias). Voltou a expôr em 2009, “Kukumbula  (Memórias) 1976 – 1986”, Espaço de Kulungwana, Maputo, e prepara actualmente um livro sobre a sua obra.

A organização da exposição teve a colaboração de Filipe Branquinho em Maputo e em Lisboa.

19 de Julho (6ªf) – Apresentação de Guia Turístico e Noite de São Tomé e Príncipe

No encerramento da exposição “Isto Não è São Tomé – diários de viagem, de Joana Areosa Feio:

stp abril 2 426guia-stp

20h00 – Apresentação do Guia Turístico de São Tomé e Príncipe”
1º Guia Exaustivo em Língua Portuguesa. Ed. Pocketropics, com a presença dos autores.

20h30 – Jantar Tradicional de São Tomé e Príncipe
Entrada: Banana pão frita | No prato: Calulu de galinha |Sobremesa: Gelado mestiço
No copo: vinho tinto/branco/cerveja/sumos/água

Sujeito a marcação prévia com antecedência mínima de 24 horas. Lotação limitada.
Contribuição solidária de 13 €* (jantar + concerto
. Não incluí bebidas).
*Vale 3 € de redução na aquisição do Guia.
22:00  – Música ao vivo por Felipe Santo
Contribuição solidária de 3 € (só concerto)
http://www.youtube.com/watch?v=sOfe7UcZ-78Informações e marcações:
Tel.: 21 820 76 57 / info.interculturacidade@gmail.com
————————-
Centro Interculturacidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
(próximo da Assembleia da República, na rua da Escola Passos Manuel)
Horário de funcionamento: De 2ª a 6ª das 14h às 20h

12 Jullho: Noite Crioula em Oeiras | Exposição InKietude – fotografia de Jorge Martins

No âmbito do programa de animação da exposição InKietude,  de Jorge Martins, e após a palestra proferida pelo Prof. Dr. José Luís Hopffer Almada, o Centro InterculturaCidade promove uma Noite Crioula no dia 12 de Julho a partir das 20h30 no pátio da Galeria Verney em Oeiras.

convt_web_inkietude_13-01-1

Programa

12 DE JULHO (6ªf)
 
18h30 – Palestra:
 “Teixeira de Sousa – Estações Político/Culturais de uma vida plena”, pelo Prof. Dr. José Luís   Hopffer Almada,
20h30 – Jantar Tradicional de Cabo Verde*
Entrada: pastéis de milho
No prato: Cachupa rica
Sobremesa: doce de papaia com queijo de cabra
No copo: vinho tinto/branco/cerveja/sumos tradicionais/água
22:00  – Música ao vivo
Local:
Livraria-Galeria Municipal Verney / Colecção Neves e Sousa
Rua Cândido dos Reis nº 90/90A, 2780-211 Oeiras
(no centro da vila, perto da Igreja Matriz)*Sujeito a marcação prévia com antecedência mínima de 24 horas e para um mínimo de 20 marcações/pessoas. Lotação limitada. Contribuição solidária de 15 € (inclui entrada, prato, sobremesa e 2 bebidas).

Informações e marcações: Centro InterculturaCidade / Tel.: 21 820 76 57 / info.interculturacidade@gmail.com

Confira o programa completo AQUI

6 Julho, 18h: Projeto Female Addiction homenageia Sophia de Mello Breyner Andressen

No próximo sábado dia 6 de Julho, o Centro InterculturaCidade acolhe o projeto Female Addiction da autoria de Mariana Mirones. Será a primeira sessão de um ciclo de palestras dinâmicas, sobre personalidades femininas de esferas diversificadas, consideradas importantes para a sociedade portuguesa. Esta sessão será dedicada a Sophia de Mello Breyner Andressen, uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Após esse momento  literário é  tempo de apurar o paladar e a conversa num jantar mexicano. E a fechar a noite será a vez de conhecermos a interpretação músical dos M&M`s.

P1030957

Programa:

18:00 – Apresentação do projecto “FEMALE ADDICTION”, por Mariana Mirones

18:15 – Homenagem à vida e obra de Sophia de Mello Breyner Andressen
– Leitura/declamação de poesia da autora
– Leitura de algumas passagens de prosa da autora
–  “Poesia para Sophia” (poema da autoria de Mariana Mirones)

20:00 – Jantar Tradicional do México
Entrada: Guacamole e nachos
Prato: Chili com carne
Sobremesa: Mousse de chocolate com pimenta
Sujeito a inscrição prévia. Contribuição solidária de 13 interculturas (jantar + concerto – não inclui bebidas)

22:00 – Música: M&M`s
Um grupo de três amigos, Pedro, Nuno e Mariana, que se juntaram com uma guitarra, um djembé e uma voz, para tocar temas de rock ligeiro em formato acústico para aquecer os corações de quem estiver por perto.
Contribuição solidária de 3 interculturas (só concerto, a partir das 22h)

Inscrições por email para info.interculturacidade@gmail.com  ou por telefone para 93 61 25 919